quinta-feira, 7 de março de 2013

Etapas do Preparo de uma Horta - Preparação dos Canteiros

Pois bem! Você já produziu suas mudas, já escolheu o local ideal para implantar sua horta, mas e agora?
A postagem de hoje dará dicas de como preparar os canteiros que receberão as mudas que você preparou.

O preparo dos canteiros objetiva colocar o local da horta em condições de ser cultivado. Para isso  faz-se necessário:

1) Limpeza: Capinar o mato, catar pedras, cacos de telhas, tijolos, vidros, restos de madeira. Enfim, tirar todo o entulho do terreno.







2) Drenagem: É necessário fazer canais para escoamento da água.



3) Dimensionamento (comprimento, largura, altura): Deve ser feito de maneira a aproveitar melhor o terreno. Os canteiros situados a beira da cerca ou muro devem ter meio metro de largura e os do meio da horta um metro de largura. Estar dimensões são importantes para que se possa ter acesso a todo o canteiro. O comprimento pode ser variável de acordo com o terreno, tenso-se apenas cuidado com o seu nivelamento. Entre dois canteiros, deve-se deixar um corredor de 40 cm a 50 cm de largura, para circulação das pessoas que trabalham na horta.


4) Marcação dos canteiros: Pode ser feito com estacas de bambu fincadas nos cantos dos canteiros e esticando barbante entre as estacas. Isso permite que o seu canteiro mantenha uma linha reta de um canto ao outro.


5) Cercadura: É necessária para segurar a terra e a manter mais alta do que o nível natural do terreno, pois a irrigação pode causar erosão nas beiradas, diminuindo a área útil a ser plantada. Pode ser feita com a própria terra ou com tábuas, tijolos, madeira roliça ou outro material qualquer que cumpra a função de segurar a terra.


 Levantamento dos Canteiros

A altura dos canteiros é determinada em função da umidade do solo e das características das culturas a serem implantadas.
Em solos mais úmidos a altura deve variar de 15 a 20 cm, proporcionando uma drenagem adequada. Já em solos mais secos esta altura poderá ser de 10 a 15 cm.


Declive: O leito dos canteiros deverá ser perfeitamente nivelado, já os passadouros deverão ter um pequeno desnível, no sentido de encaminhar a água das chuvas excedente para um canal escoadouro na lateral da horta. O nivelamento do canteiro evita o escoamento superficial da água de irrigação ou das chuvas, prevenindo processos erosivos e deslocamento das sementes colocadas para germinar.

Passadouros: Servem para dar passagem ao carrinho de mão ou ao horticultor. Deverão ter de 30 a 40 cm de largura para facilitar o trânsito e não desperdiçar terreno. É importante que permaneçam vegetados com ervas de folhas largas que surgirem espontaneamente. As gramíneas (capins) devem ser erradicadas, em face da sua concorrência com as hortaliças.


Cobertura: Nunca é demais cobrir  o solo com palha seca ou outra cobertura adequada. Essa cobertura dá a fertilidade e o sucesso da horta.






Espaldares: São usados para as espécies de caule frágil ou trepador, como tomate, feijão-de-vagem, pepino e outras. Podem ser constituídos com esteios, varas, ou arame liso. Podem ser armados sobre os canteiros.






 Covas: Na horta agroecológica são usadas somente em três casos:
  • por medida de economia ante a pequena disponibilidade de composto;
  • plantio de espécies perenes de grande porte como o chuchu, maracujá, etc;
  • para permitir um "reforço"na adubação dos canteiros, no caso de plantio de espécies mais exigentes ou se o solo não desenvolveu suficiente fertilidade.
Nos demais casos, as hortaliças podem ser cultivadas perfeitamente nos canteiros, sem a necessidade de fazer covas.



 NÓS PREPARAMOS NOSSOS PRÓPRIOS CANTEIROS!


Na próxima postagem veja dicas de como preparar compostos orgânicos, para adubar e fertilizar agroecológicamente as suas hortaliças. Até lá!

sábado, 2 de março de 2013

Etapas do Preparo de uma Horta - Escolhendo o Local para sua Horta

Já demos dicas de como produzir mudas, ou seja, de como começar sua horta.
Hoje daremos dicas de como escolher o local para implantar a sua horta, seja numa área grande ou nesse pedacinho de terra que você tem disponível em casa.
Em qualquer pedaço de terra pode-se fazer uma horta. O tamanho pode variar com a finalidade, disponibilidade de terra, número de pessoas que se beneficiarão e espécies de hortaliças que serão cultivadas.
Em geral, são necessários de 6 a 10m² de horta para cada pessoa, mas caso haja pouca disponibilidade de área para fazer uma horta na cidade pode ser compensada através da consorciação de culturas, ou seja, o aproveitamento do mesmo terreno por duas espécies diferentes na mesma época.
Outra forma de aproveitar bem os espaços e utilizar paredes, muros e cercas com certas hortaliças como chuchu, ervilha torta, pepino e feijão-de-vagem, bem como algumas plantas medicinais.

Escolhendo o local para a instalação da horta...

É recomendável, na medida do possível que o local apresente certos requisitos para o sucesso da produção.








Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido, por isso necessitam de muita luz para crescerem sadias. De modo geral, 8 a 10 horas de luz por dia é o ideal.

 



 Local próximo à água: as hortaliças necessitam de muita água, por isso a qualidade da água é essencial (potável, sem contaminação). Regue pelo menos duas vezes ao dia, de preferência no início da manhã e no fim da tarde, devido à menor incidência dos raios solares.









 


Local bem drenado: terrenos encharcados não possibilitam que as raízes respirem, atrasam o crescimento das plantas e favorecem o aparecimento de doenças nas raízes.








 

 Local protegido de ventos: O vento aumenta o consumo de água pelas plantas e pode vir a estragar folhas e frutos. Caso no local não possua uma barreira natural contra o vento, faz-se necessário a sua introdução através de quebra-ventos, que podem ser produzidos por meio do plantio de plantas arbustivas.







Local cercado: animais domésticos, como cães e galinhas, adoram o local da horta, pois ali existe terra fresca e macia para cavar, enterrar ossos e ciscar. Por isso cerque sua horta para evitar a entrada desses animais.






Estes são alguns cuidados que você deve ter ao escolher o local onde vai implantar a sua horta. Vai preparando o terreno aí, pois logo mais traremos dicas de como preparar os canteiros que vão receber as mudinhas.

Até lá!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Etapas do Preparo de uma Horta - Produção de Mudas



Boa tarde, pessoal!
A partir de hoje vamos começar a falar sobre os preparos necessários para ter uma horta em casa.
Nessa primeira postagem mostraremos como produzir mudas em bandejas ou copinhos.
Então, mãos à obra!

Bandejas de Isopor

A técnica mais recomendável para se produzir mudas é de semeio em bandejas de isopor de 128 células. Mas existem bandejas dos mais variados tipos. No mercado há diversos modelos de bandejas com diferentes números de células individuais (72, 128, 200 e 288); profundidades e volumes diversos. Além disso, os formatos são variáveis, podendo ser redondos, piramidais ou cilíndricos.
Na figura ao lado podemos ver uma bandeja de isopor com 128 células, já preparada com substrato.
Antes de qualquer coisa, é importante lavar a bandeja com hipoclorito para acabar com qualquer resquício de fungos ou outros organismos provenientes das mudas anteriormente preparadas na bandeja e que possam ser prejudiciais às mudas que serão plantadas. Caso a bandeja seja nova e nunca tenha sido usada essa prática não é necessária.
Após a lavagem, as células devem ser preenchidas com substrato comercial ou preparado em casa. A seguir faça buraquinhos em todas as células, de aproximadamente 1 cm de profundidade, colocando 3 sementes em cada um deles. A seguir, cubra com substrato e regue. 

Dica importante!
É recomendado que você faça todos os buraquinhos, depois coloque todas as sementes e só então cubra com substrato. Dessa forma você não corre o risco de se perder e não saber onde já plantou ou não.

As bandejas devem ser colocadas em suporte tipo bancada, a 70 cm do solo, a fim de que haja luz na parte inferior da bandeja. Este cuidado impede o desenvolvimento das raízes por baixo da bandeja, o que facilita a retirada das mudas por ocasião do transplante, evita injúrias às raízes novas e não cria condições para infecção das mesmas por fungos e bactérias do solo.
Quando as mudas alcançarem cerca de 5 cm é necessário fazer o desbaste. Essa técnica consiste em cortar com tesoura, rente ao colo das mudas menos vigorosas. Descartando duas mudas de cada célula, dando condições melhor de desenvolvimento somente à muda mais vigorosa. O arranquio das mudas germinadas em excesso não é recomendado pelo risco de comprometer o sistema radicular da muda remanescente na célula.
As irrigações (duas vezes por dia, no máximo) deverão ocorrer nas horas de temperaturas mais amenas, ou seja, no início da manhã e final da tarde, utilizando-se água fresca e em quantidade suficiente para que se verifique apenas o início da drenagem (gotejamento) na parte inferior da bandeja. O cuidado nas irrigações é fundamental para se obter mudas de boa qualidade.
 
A época de realização do transplante (retirada da muda do viveiro para o local definitivo) está ligada à biologia da planta e ao tipo de muda utilizada.Por isso é importante conhecer os ciclos de vida de cada espécie que vai ser cultivada.
No arranquio das mudas, deve-se ter o cuidado de retirar todo o torrão de cada célula para não danificar o sistema radicular e a haste principal.



Copinhos de Jornal

A produção de mudas em copinhos pode ser feita em copos confeccionados com papel jornal, feitos por você mesmo, ou em rolinhos de papel higiênico, preenchidos com substrato.
Os copinhos devem ter 5 a 7 cm de diâmetro e 6 a 8 cm de altura. Para tanto corta-se a folha em tiras de 12 a 15 cm de largura e 45 a 50 cm de comprimento. Utiliza-se como molde para fazer o copinho, latas de conserva, pedaços de tubo de PVC ou bambu com o diâmetro desejado. Um dos lados deve ser reto para formar o fundo do copinho. O outro lado, cortado em bisel para formar um tipo de concha e assim facilitar o enchimento do copinho com o substrato. Enrola-se a tira de jornal no tubo de PVC, lata ou bambu, deixando num lado uma margem de 5 a 7 cm que deverá ser dobrada formando o fundo do copinho.

Devido ao comprimento da tira de jornal, a parede do corpo do copinho ficará com duas folhas o que lhe dará maior resistência. Apoiando-se o fundo na palma da mão enche-se o copinho com o substrato. Um vez cheio, retira-se o tubo puxando-o para cima. Os copinhos cheios devem ser arrumados em local plano formando uma espécie de canteiro. Não há necessidade de colar ou grampear os copinhos.



Preparo do Substrato

O substrato para o enchimento dos copinhos ou das bandejas de isopor pode ser adquirido ou preparado em casa mesmo. No primeiro caso, comprar aquele com especificação para o tipo de muda que vai ser formada. Caso você queira fazer em casa, lá vai uma receita retirada do site da Embrapa:
Para o preparo do substrato, empregar terra de barranco, esterco curtido de gado, ou composto ou humus, casca de arroz carbonizada ou pó de carvão de madeira. Misturar duas partes de terra com uma de esterco ou composto ou humus. Colocar 1,0 a 1,5 kg de adubo 4-14-8 ou similar por metro cúbico da mistura e 30 a 35% de casca de arroz carbonizada ou o pó de carvão. A casca de arroz carbonizada ou o pó de carvão têm a finalidade de facilitar a retirada das mudas formadas, além de evitar que o substrato forme torrões compactos que dificultariam a infiltração da água de irrigação e o desenvolvimento das raízes.



NÓS PRODUZIMOS NOSSAS PRÓPRIAS MUDAS!




No próximo post daremos dicas de como preparar o canteiro para receber as mudas que foram produzidas.
Até lá!



Fonte:
Grupo Cultivar http://migre.me/dnVmW
Embrapa - Produção de Mudas http://migre.me/dnVlD
Embrapa - Produção de Mudas http://migre.me/dnW37
Embrapa - Fruticultura - Fundamentos e Práticas http://migre.me/dnVGe


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Conservação, Manejo e Fertilidade do Solo (Urupema - SC)

Urupema é uma cidade localizada na serra catarinense, compreendendo uma área territorial de 353 km². Sua altitude média é de 1.425 metros, a mais alta do Estado, considerada uma das cidades mais frias do país com temperatura média anual de 14ºC, podendo chegar, no inverno, até 14ºC negativos na relva. A população é de 2.482 habitantes.

As principais fontes da economia advêm da atividade agropecuária (maçã, batata, moranga), pecuária de corte e leite, produção de produtos orgânicos e truticultura.
Com natureza ainda preservada, Urupema possui boa parte do seu território coberto com Mata Atlântica, bioma que vem reduzindo sua área ao longo dos tempos. Dentre as espécies de sua flora encontramos Bracatinga, Canela, e um percentual bastante significativo com Araucária, espécie em extinção, mas encontrada em abundância no território do município de Urupema. Essa espécie é que fornece o PINHÃO, semente utilizada na culinária local.
Quanto a Fauna, encontramos uma diversidade de espécies de pássaros como Gralha Azul, Seriema, Papagaio-Charão, Curucaca (pássaro símbolo do município de Urupema), etc. Encontramos ainda outras espécies silvestres como Tatu, Tamanduá, Veado e outros, típicos da Mata Atlântica.
Aproximadamente 28% da área territorial de Urupema é formada por Áreas de Preservação Permanente (APP), segundo o Projeto Gestão Turística e Ambiental do município de Urupema, realizado em 2009.
O município é rico em nascentes e águas límpidas e cristalinas que formam os rios Canoas, Caixão, Lontras, Quebra-Dente e Lava-Tudo. 
O município tem grande potencial para o desenvolvimento de atividades ao Eco-Turismo, Turismo de Aventura e Turismo Rural.

No dia 12 de novembro de 2012, a turma foi até a cidade para visita técnica ao Morro das Antenas, ou Morro das Torres, e estudo do solo. 

Esse Morro é o ponto mais alto da cidade e um dos mais altos do Estado, com 1.750 metros acima do nível do mar. Neste local acontece todos os anos um fenômeno meteorológico raro no Brasil, o sincelo, que transforma a paisagem em um visual espetacular. No caminho para o Morro, nos dias mais frios do inverno, as águas escorrem dos barrancos e congelam, formando estalactites. O nome do Morro se deve à existência de antenas de telefonia e de televisão.


A cidade de Urupema possui em sua extensão os seguintes tipos de solo:
  • Solos Litólicos: Solos pouco desenvolvidos que ocorrem geralmente em áreas de relevo mais acidentado. Pequena espessura do perfil (20 a 40 cm) e a ocorrência muito comum de pedras sobre a superfície ou misturadas a massa do solo, no horizonte A. Geralmente apresentam problemas de fertilidade.
  • Cambissolo Bruno: Horizonte sub-superficial em início de desenvolvimento, o que caracteriza como solo pouco evoluído e pouco profundo (50 a 100 cm). Pode apresentar pedras no perfil ou na superfície. A fertilidade natural é geralmente muito baixa.  A textura é argilosa, com cerca de 60% de argila no horizonte B, de substrato basalto.
  • Terra Bruna Estruturada: São solos cuja profundidade varia de 100 a 150 cm, com horizonte A de 25 a 60 cm. Apresenta alumínio trocável. Geralmente ocorrem em declividades menores do que os cambissolos. Se corrigidas as deficiências de fertilidade, apresentam elevado potencial agrícola.
Recomenda-se o uso de práticas básicas visando sua conservação, tais como rotação cultural, preparos reduzidos e cobertura do solo. Práticas de suporte, tais como preparo e plantio em contorno e terraceamento, são necessárias, embora em menor intensidade do que nos cambissolos.


 

domingo, 20 de janeiro de 2013

Jornal Agro IFSC

Boa tarde!

O blog passou por um pequeno recesso devido ao fim das aulas e às férias, mas voltamos à toda em 2013.

Como primeiro post do ano, trouxemos até vocês o projeto de extensão desenvolvido durante o segundo semestre de 2012 pelo primeiro módulo do curso técnico de Agrecologia do IFSC - Campus Lages.
O jornal informativo tem como principais objetivos aliar as disciplinas de Sistemas Agroecológicos de Produção e Comunicação Técnica, promover a produção textual, e mostrar à comunidade a importância da Agroecologia, abordando a mesma como um meio de produzir alimentos, promover a qualidade de vida dos animais e dos seres humanos, manter a diversidade biológica da fauna e da flora, a qualidade das águas, do solo e do ar. Ou seja, mostra essa ciência  como um caminho para a sustentabilidade.
A segunda edição do Agro IFSC ainda traz uma pequena reflexão sobre as diferenças e semelhanças  entre o cultivo agroecológico e o orgânico; apresenta algumas visitas técnicas realizadas pela turma; e dá dicas de como fazer uma horta urbana e quais benefícios ela pode trazer.
Este projeto foi coordenado pelas professoras Fedra Kruger e Luciane Bittencourt, e a editoração é de responsabilidade da aluna e bolsista do projeto, Camila de Oliveira Cesario.

Com satisfação lhes apresentamos nosso jornal informativo e desejamos a todos uma boa leitura!



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Visita em Correia Pinto - Assentamento Pátria Livre (Produtores orgânicos)



 Pátria Livre .... ! Viva os guerreiros e guerreiras, Heróis e Heroínas por um país mais justo.







 Pausa para o cafézinho...  Servidos?


 Premiação; Feliz dia do Agrônomo ... 12/10/12
 .
.
.
.
.
.
Pose:

 Olha a situação :
 Olha o gatinho:

 Fuca novo ?

 Vida Louca !